quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Mario Cortella Filosofia da Educação

A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. A frase é de um dos maiores pensadores da pedagogia do Brasil e do mundo, Paulo Freire, falecido em 1997. Com sua saga para levar o ensino e a consciência crítica aos mais necessitados, ele serve de inspiração para uma geração de professores. Um de seus discípulos é o filósofo, autor de livros como a “A Escola e o Conhecimento” e “Não nascemos prontos”, mestre e doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), onde é professor titular do Programa de Pós-Graduação em Educação (Currículo), Mario Sergio Cortella, de quem Freire foi orientador no mestrado.
Assim como Freire, Cortella enxerga na educação muitas saídas para problemas da sociedade. Porém, critica o fato de inúmeras famílias transferirem sua responsabilidade para as instituições escolares. Ele fala ainda da questão escola pública versus particular e como a educação está vinculada à ética, mídia, religião e tecnologia. Leia, a seguir, a entrevista com o filósofo.
 
Sexismos
Segundo o dicionário Houaiss, “preconceito ou discriminação baseada no sexo”. No texto, Mario Sergio Cortella utiliza a palavra sexismo para dizer que as propagandas de cerveja, em sua maioria, colocam a mulher como objeto de consumo.
Conhecimento Prático Filosofia – Há muito tempo, a escola deixou de lado sua função primeira de educar para assumir também o papel social. Dentro do contexto filosófico, qual o peso de cada instituição nessa formação?
Mario Sergio Cortella - Outro dia, um pai de aluno me perguntou: “qual o senhor acha que deve ser o papel da família para colaborar com a educação dos nossos filhos na escola?”. Eu disse a ele, com todo o respeito, que havia um equívoco na formulação da questão, porque não cabe à família colaborar com a escola na educação, mas exatamente o contrário, é a escola que colabora, a família é responsável. A escola assumiu muitas tarefas nos últimos 20 anos, especialmente a escola pública, porque ela é parte da rede de proteção social e, por isso, desempenha tarefas do Estado, entre elas a proteção à vida, segurança e liberdade dos indivíduos. Por isso, cabe sim à escola oferecer educação para o trânsito, ecológica, sexual e até alimentar. Mas não cabe ao Estado, via escola pública, substituir a responsabilidade que a família tem, a menos que ela esteja em situação de descuido total. Cabe à instituição promover a autonomia, a solidariedade e a formação crítica, mas a responsabilidade principal continua sendo da família e ela não pode se eximir disso.
CP Filosofia - Você defende que a escola pública traz mais benefícios aos indivíduos, já que, nas instituições particulares, há uma grande inclinação ao capitalismo e à concorrência. Mas todos nós sabemos que, na escola pública, as crianças ficam abandonadas à própria sorte...
MSC - Depende da escola. Uma parcela das escolas privadas tem um nível mercantil, no sentido puro e simples, outras, não. O foco não deve ser escola pública versus escola particular, mas sim escola boa versus escola ruim. Nós temos escolas públicas de nível bastante elevado e outras, precário. A mesma coisa vale para a escola privada. Porém, existe uma lista imensa das particulares que são facilmente ultrapassadas pelas públicas de nível mediano. Então, não podemos cair nessa armadilha. Vale lembrar que a escola privada no Brasil só representa 13% do total. Quando estamos falando em educação escolar no Brasil estamos nos referindo aos 87% da rede pública. Por isso, é necessário que os governantes tenham um compromisso real com a educação, com a realização de avaliações e exames periódicos, de maneira que o País possa dar os passos para a saída da indigência. Apesar de, muitas vezes, o compromisso que vários dizem ter com a educação ser meramente conveniente e eleitoral, nos últimos 15 anos, seja na gestão do Fernando Henrique Cardoso ou do Lula, demos início a esse processo. Fazer isso com eficiência, entretanto, exige parcerias com o mundo da sociedade privada, compromisso dos empresários, além da atenção de pais e mães como cidadãos. O que agrava a situação é a omissão de qualquer tipo.
CP Filosofia - Por mais que a família e a escola sejam atuantes na formação do indivíduo, não podemos renegar a relevância da mídia como fator de influência na vida das pessoas. E muitas vezes, por sinal, ela orienta de forma errada. Em sua opinião, qual a solução para esse dilema?
MSC - A mídia de natureza privada é majoritária no Brasil, mas, se nos referirmos aos meios de comunicação, ela é uma concessão do Estado. Por isso, cabe a ele, dentro dos níveis da democracia, fazer não a censura, mas exigir que sejam cumpridos os elementos indicados nessa concessão pública. Por outro lado, os meios de comunicação se sustentam à base de publicidade. Isso significa que há um papel forte dos proprietários da mídia para que ela caminhe em direção da ética e da decência e auxilie na elevação das condições de vida e de consciência de uma nação. Contudo, é necessário que o cidadão, se detectar em determinado tipo de mídia um encaminhamento negativo de valores, uma deformação dos conteúdos éticos, um consumismo e materialismo devastadores, boicote não só o veículo como os produtos que o financiam. Eu, por exemplo, não compro qualquer marca de cerveja que utilize 
sexismo em suas mensagens. Além de não comprar, divulgo a minha posição. Mas não basta que eu me recuse isoladamente, é preciso que eu junte mais gente nessa mesma lógica. Esta também é uma maneira de educar a mídia para que ela caminhe em uma direção de decência.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

OS PILARES DA EDUCAÇÃO

Os quatro pilares da educação - Aprender a CONHECER a CONVIVERr a FAZER a SER



Segundo a UNESCO e Bernardo Toro

Aprender a CONHECER
  • Domínio da leitura e da escritas
  • Capacidade de receber criticamente os meios de comunicação
  • Aprender a acessar informações
  • Valorizar o conhecimento e o saber social
  • Desenvolver habilidades para a vida cotidiana
  • Ter condições de compreender e operar o seu entorno social
  • Aprender a zelar pela saúde
  • Ser capaz de calcular e de resolver problemas
  • Domínio da língua oral

Aprender a CONVIVER
>>>Aprender a aproximar-se dos outros
>>>Aprender a ouvir o outro
>>>Aprender a propor sem impor
>>>Aprender a lidar com as diferenças
>>>Aprender a ceder sem se sentir perdedor
>>>Aprender a administrar conflitos
>>>Aprender a compatilhar outros modos de pensar, sentir, atuar
>>>Aprender a buscar a unidade na diversidade
>>>Desenvolver soliariedade e cooperação

Aprender a FAZER
** Formação profissional
** Desenvolver comportamentos sociais
** Aptidão de trabalhar em equipe
** Aptidão de decidir em grupo
** Aprender a gerir e resolver conflitos
** Boa articulação verbal
** Espírito de iniciativa
** Flexibilidade
** Criatividade

Aprender a SER
>> Aprender a se conhecer
>> Aprender conhecer o mundo que o rodeia
>> Aprender a perceber os outros
>> Relacionar-se com o outro de modo responsável e justo
>> Aprender a lidar com forma construtivista com suas potencialidades e limite
>> Ser capaz de elaborar pensamentos autônomos e críticos
>> Aprender a lidar com os sentimentos
>> Respeitar a vida
>> Ser capaz de viver a própria intimidade
>> Respeitar a vida íntima dos outros

terça-feira, 8 de abril de 2014

Pascoa Feliz dia 17 de Abril 2014


Pascoa Feliz

ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL (ONG) RESPONSÁVEL:

Associação Brasileira de Preservação da Capoeira Aliança 
SEDE: Av. Nordestina 2582 , S. Miguel Paulista (SP).
  É uma entidade sem fins lucrativos que há mais de 05 anos vem contribuindo d maneira significativa para as comunidades de baixa rende onde a a vulnerabilidade social tem seus níveis mais alto. 
  Solicitamos  a colaboração para que possamos realizar esta linda festa.
As  doações poderão ser entregue na CEI Tecendo o saber. Cid. Tiradentes ou entre em contado.
Sua doação será grande valia para este projeto Salientamos, que toda a contribuição será bem-vinda, e desde já agradecemos seu apoio, fundamental para o sucesso deste trabalho.

Fone: 20163399     

www.aliancacapoeira.org
 http://ceitecendoosaber01.blogspot.com.br/2014/01/cei-tecendo-o-saber-i.html 
https://www.facebook.com/pages/Associação-Brasileira-de-Preservação-Aliança-Capoeira/1406643439556933.
E-mail: aliancacapoeirabr@gmail.com

 Conta corrente Banco do Brasil:   agencia: 1530-X  , Conta Corrente: 63186-8



Associação Brasileira de Preservação da Capoeira Aliança

REFLEXÂO: MAIOR POPULAÇÃO NEGRA DO PAÍS É A MAIS DISCRIMINADA

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Maraná a Dança da Guerra

Maraná a Dança da Guerra
As cartas do escrivão Francis Patris, que acompanhava o cortejo do príncipe Mauricio de Nassau durante a invasão Holandesa, descreve entre muitos obstáculos para a ocupação do território brasileiro a resistência dos Habitantes do Brasil.
Negros comandados por Henrique Dias, portugueses por Vidal de Negreiros, Índios Potiguares comandados por Felipe Camarão, o “Ìndio Poti”. Esses índios usavam durante o confronto, alem de flechas borduna, lanças e tacapes, os pés e as mãos desferindo golpes mortais, destacando-se por sua valentia e ferocidade.
Pertencia a cultura potiguara a dança e guerra Maraná, que avaliava o nível de valentia. Em círculos, os guerreiros com perneiras de conchas compunham um compasso ao bater com os pés e as mãos, invocando seus antepassados, acompanhado de atabaques de troncos com pele de Anta, chocalhos e marimbas, em quanto que dois guerreiros se confrontavam ao centro com golpes de pernas, cotoveladas e movimentos que imitavam os animais.
Origem: 
Editado por Professor: UTI 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Educador Social no Brasil

Projeto de Lei cria profissão de educador social no Brasil



Projeto de lei apresentado esta semana pelo deputado federal Chico Lopes (PCdoB) estabelece a criação da profissão de educador social no Brasil. A profissão possui profundo caráter social e engloba os profissionais envolvidos em atividades educativas fora do âmbito escolar tradicional, beneficiando, por exemplo, pessoas em situação de risco ou vulnerabilidade social, violência e exploração física ou psicológica. "Uma vez que a o projeto se transforme em lei, haverá um grande e concreto benefício para milhares de brasileiros que já atuam como educadores sociais e passarão a ter sua profissão reconhecida formalmente", destaca Chico Lopes.

Entre outras atividades em que podem atuar os educadores sociais, estão a preservação cultural e promoção de povos e comunidades, a defesa de segmentos sociais prejudicados pela exclusão social (mulheres, crianças, adolescentes, negros, indígenas e homossexuais), a realização de atividades sócio-educativas, em regime fechado, semiliberdade e meio aberto e a realização de programas e projetos educativos destinados à população carcerária.


Outras frentes de atuação são o apoio a pessoas portadoras de necessidades especiais, o enfrentamento à dependência de drogas, atividades sócio educativas para terceira idade, promoção da educação ambiental e da cidadania, da arte-educação, de manifestações folclóricas e culturais, além do trabalho em associações comunitárias e conselhos tutelares.


Pelo projeto de lei apresentado por Chico Lopes, o Ministério da Educação (MEC) passará a ser responsável pela elaboração e regulamentação da Política Nacional de Formação em Educação Social. O nível de escolarização mínima para o educador social será o Ensino Médio. 


O projeto prevê ainda que os governos federal, estaduais e municipais adequem para a denominação de "educador ou educadora social” os cargos atualmente ocupados por profissionais com esse campo de atuação, criando os respectivos Planos de Cargos e Carreiras.


Justificativa


Justificando a apresentação do projeto, Chico Lopes chama atenção para a necessidade de reconhecimento formal desses importantes profissionais, cuja atuação já encontra citação legal desde a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Outros marcos na luta pela regulamentação da profissão foram o XVI Congresso Internacional de Educadores Sociais, realizado em 2005, em Montevidéu, no Uruguai, e os Encontros Estaduais de Educadores Sociais promovidos em vários estados brasileiros. 


Entre outros países que participam de um movimento internacional pelo reconhecimento da profissão estão nações como Alemanha, França, Canadá, Holanda, Itália e Suíça. Outro dado relevante é a abertura de concursos públicos para provimento de cargos de educadores e educadoras sociais, que já vêm acontecendo, em pelo menos 100 municípios de 21 Estados no Brasil. 


"A criação da profissão de Educador e Educadora Social, além de valorizar estes agentes que tanto contribuem para o enfrentamento da dívida social brasileira, pode suscitar importantes debates acerca da educação no seu sentido mais pleno, com a abrangência que lhe dá o Artigo 1º da LDB, atendendo a necessidades sociais de nosso tempo", reforça Chico Lopes.


  

Fonte: Ass. Imprensa - Dep. Fed. Chico Lopes - PCdoB-CE
Projeto de Lei Nº 5346 em PDF - Clique